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SITUAÇÃO POLÍTICA DO EQUADOR É MUITO PREOCUPANTE

Presidente do Equado, Guillermo Lasso. Imagem: Agência Reuters

O Equador vive um momento de grande tensão, desde que o atual presidente do país, Guillermo Lasso, dissolveu o parlamento para convocar novas eleições. A decisão de Lasso foi publicada em um decreto nesta quarta-feira, 17 de maio.

O decreto assinado por Lasso prevê três medidas emergenciais, a saber: 

1- Dissolver a Assembleia Nacional “por grave crise política e comoção interna, como prevê o artigo 148 da Constituição do Equador”;

2-Notificar o Conselho Nacional Eleitoral para que convocação de novas eleições dentro do prazo de 7 dias, “em conformidade com o inciso terceiro do artigo 148 da Constituição;

3-O Poder Legislativo também deve ser notificado do encerramento integral dos mandatos para os quais os parlamentares foram eleitos.

A justificativa do presidente, é que com a imposição do decreto, “dará uma solução constitucional à crise política” no país.

O Equador é um país dividido pela linha do equador, situado na costa oeste da América do Sul, aliás, é o menor país da América do Sul e junto com o Chile, não faz fronteira com o Brasil. Sua paisagem diversificada abrange a floresta amazônica, as montanhas andinas e as Ilhas Galápagos, ricas em vida selvagem. Localizada nos contrafortes andinos e com uma elevação de 2.850 m, Quito, a capital, é conhecida por seu centro colonial espanhol quase intacto, com palácios e locais religiosos dos séculos XVI e XVII, como a ornamentada igreja Compañia de Jesús.

A crise política no país que tem 17,8 milhões de habitantes, e um produto interno bruto (PIB) de US$106,2 bilhões de dólares de acordo com o Banco Mundial (2021), tomou proporções inimagináveis nos últimos dias, devido às fortes divergências políticas e crises de corrupção que assola o país.

25% da população vive abaixo da linha da pobreza absoluta e cerca de 70% vive na informalidade. O país também vive uma profunda crise de segurança, com centenas de mortes, roubos, assaltos e violência doméstica sem nenhum controle policial.

Por: Gabriel Maia, ANH/Redação.